Charline Hubner
Nos últimos anos, os atos desvendados sobre práticas de corrupção vêm tomando proporções até então desconhecidas pelos brasileiros. Escândalos envolvendo administração pública em todos os níveis, inclusive o poder executivo, ensejaram represálias ao governo e manifestos por todo país.
Ante o cenário social configurado pela deflagração de escândalos envolvendo entidades públicas e privadas, a corrupção passou a ser um dos principais desafios para o país, principalmente para os governantes, ao considerar que o nível de corrupção de um país está relacionado à eficácia do governo na fiscalização e combate à corrupção, bem como na eficácia da lei, uma vez que a desconfiança no setor público gerada pela corrupção também reflete na insegurança da população quanto à eficácia da justiça, gerando uma percepção de impunidade.
As pessoas jurídicas, por sua vez, revelam-se um dos elos da corrupção, de forma ativa ou passiva. Então, porque as empresas apresentam resistência em aderir às regras anticorrupção e se beneficiar com a impossibilidade de sofrerem achaques?
A pergunta acima revela o foco de nossos estudos, que será revertido em publicações, brevemente.
Ao final, além de conclusões acadêmicas, espera-se que a Lei, além de atingir sua eficácia legal, nos permita vislumbrar uma sociedade menos permissiva diante práticas corruptas, formando cidadãos, além de manifestos à corrupção, empenhados na prática pelo zelo de condutas éticas.