Francieli Iung Izolani
Jerônimo Siqueira Tybusch
Resumo
Desde os primórdios da suposta colonização do Sul Social, o padrão hegemônico imposto foi o de monoculturas voltadas ao abastecimento do mercado externo, atendendo aos interesses do Norte Social. Em especial o Brasil, desde a Revolução Verde na década de 1960, implementou-se uma estrutura viabilizadora da mecanização agrícola e da larga utilização de agrotóxicos. Esse padrão é reflexo da homeostase social, a valorização que se atribui às atividades sociais e culturais, possuindo uma regulação direta ou indireta aos processos de regulação da vida, tendo como consequência a busca incessante do progresso econômico disfarçado de desenvolvimento. Assim, o presente estudo tem por objetivo responder em que medida uma Agenda da Sustentabilidade implica em transformação da homeostase social frente à utilização de agrotóxicos na produção de alimentos. Para tanto, utilizou-se o trinômio metodológico: abordagem, procedimento e técnica. A abordagem foi a sistêmico-complexa, o procedimento de pesquisa foi a análise bibliográfica, através da técnica de resumos e fichamentos. A justificativa dá-se em decorrência da importância do Direito Ambiental frente à insustentabilidade do modelo monocultor e do risco de extinção da própria humanidade. Concluiu-se que a aludida Agenda propicia a execução das providências necessárias à sustentabilidade multidimensional, assim como na superação do modelo monocultor de alta utilização de agrotóxicos através do desenvolvimento da agroecologia.
Palavras-chave: Agenda da Sustentabilidade. Agrotóxicos. Homeostase social.