Larissa Melez Ruviaro

Eduarda Golart

Resumo

No cenário mundial, o Brasil encontra-se como um dos maiores importadores e consumidores de agrotóxicos. A ampliação da utilização dos agrotóxicos justificou-se como forma de controlar pragas e aumentar a produção, visando o desenvolvimento do agronegócio como faceta do crescimento econômico. Porém, mesmo com o incremento de maquinários e inovações tecnológicas, a quantia de trabalhadores rurais expostos a essas substâncias permaneceu crescente. Assim, coube perquirir quais os impactos da exposição exacerbada à agrotóxicos, no tocante à saúde dos trabalhadores rurais ? Para responder ao problema adotou-se a teoria de base sistêmico-complexa. O método de abordagem utilizado foi o dedutivo. O procedimento amparou-se na análise bibliográfica, através de fichamentos e resumos como técnica de pesquisa. A exposição aos agrotóxicos causadores de problemas de saúdes aos trabalhadores rurais deve ser analisado conjuntamente com fatores químicos e toxicológicos da substância, grau e dose de apresentação, temporalidade e vulnerabilidade em que os trabalhadores estão submetidos (GARCIA; ALVES FILHO, 2005). A Organização Pan-Americana de Saúde declarou que os agrotóxicos matam em torno de 190 mil pessoas anualmente, ao passo que resultam em doenças cardíacas, isquêmicas e acidentes vasculares cerebrais, diante de intoxicações alimentares e ambientais (OPAS, 2018). Da mesma forma, o Instituto Nacional de Câncer adverte que os efeitos dos agrotóxicos causam nocividades crônicas, mais precisamente, depressão, infertilidade, más formações mutagenias (alterações genéticas), problemas respiratórios, autismo, câncer em diversos órgãos (alterações carcinogenias), anormalidade na produção hormonal (BRASIL, 2018). Portanto, o trabalho enquadra-se na linha de pesquisa do Constitucionalismo e Concretização de Direitos.

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