Nathália Facco Rocha
Luciane Maria Padoin Dias
Liana Merlardete
RESUMO
Com o aumento da produção de mercadorias, principalmente no contexto pós-revolução industrial, os setores de produção passaram a preocupar-se mais com as necessidades da sociedade. Na Idade Moderna, mesmo com o aumento potencializado da produção, as mercadorias eram fabricadas com o intuito de serem “permanentes” ou, então, programadas para apresentarem maior durabilidade. Aliado a essa evolução, ao advento da Revolução Industrial e ao crescimento dos meios de comunicação de massa, o consumo aumentou consideravelmente, oportunizando a verificação do exagero e/ou da não configuração da necessidade de boa parte da população, mas sim do desejo por determinados bens e/ou serviços – desejo que passou a ser conduzido a partir de uma perspectiva publicitária. A pesquisa pretende, nesse contexto, demonstrar a vulnerabilidade dos cidadãos consumidores diante das inúmeras opções que lhes são ofertadas pela propaganda, haja vista a possibilidade de satisfazer-se através da compra de mercadorias que fazem com que inúmeros consumidores se endividem, pelo fato de querer obter o produto “novo” a qualquer custo, não levando em consideração sua condição econômica, o que acaba acarretando consequência no âmbito jurídico dada a potencial condição de inadimplência. Ainda, pretende elucidar a relação de compra a partir do prazer de adquirir um produto não só pela posse, mas pelo intuito de inserção em determinado ciclo e rede social, tratando a fragilidade das pessoas como segmento de mercado.
Palavras-chave: Consumismo. Influência midiática. Propaganda. Inadimplência. Superendividamento.