Jackeline Prestes Maier
Sabrina Estivaleti Segobia

Resumo
Mariana Ferrer era uma influenciadora digital e modelo, embaixadora de um Beach Club chamado Café de La Musique, em Florianópolis – SC. O caso em questão ficou conhecido após a vítima relatar em suas redes sociais virtuais, Twitter e Instagram, que havia sido dopada e estuprada em uma festa enquanto trabalhava no referido local, no dia 15 de dezembro de 2018, pelo empresário André Aranha. Ocorre que, mesmo com testemunhas, imagens das câmeras de segurança, das roupas das vítimas, conversas de WhatsApp, o réu, no dia 9 de setembro de 2020 foi absolvido, sob alegação de que não haviam provas o suficientes para sua condenação. Assim, cumpre perquirir: levando-se em consideração o caso Mariana Ferrer, quais os reflexos do machismo e do patriarcado nas decisões judiciais brasileiras? O objetivo do presente trabalho é analisar, tendo por base o caso Mariana Ferrer, os reflexos do machismo e do patriarcado nas decisões judiciais brasileiras. Para cumprir com o objetivo proposto, utilizar-se-á como método de abordagem o indutivo e como método de procedimento o monográfico, através da técnica de pesquisa bibliográfica. Ademais, para uma melhor compreensão do tema, o trabalho foi estruturado em duas secções. A primeira seção analisará o caso Mariana Ferrer, enquanto a segunda buscará verificar o reflexo do machismo e do patriarcado nas decisões judiciais brasileiras. Resta evidente, no final, a presença do machismo e a influência do patriarcado no caso Mariana Ferrer, ainda de que de forma implícita. Ademais, a partir dessa verificação, surge a necessidade de combater o machismo institucionalizado nas decisões judiciais para que casos semelhantes sejam evitados.
Palavras-Chaves: Decisões Judiciais. Machismo. Mariana Ferrer. Judiciário. Patriarcado.

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