Andressa Machado Souza
Resumo
A Sociedade de Informação é caracterizada pela interação do mundo virtual com o real e, se de um lado tal interação traz vantagens como a democratização do acesso à informação e ao conhecimento, de outro apresenta malefícios. Destaca-se como objeto de estudo do presente trabalho, um destes grandes malefícios, que é o racismo e preconceito ostentado nos ambientes virtuais, manifestado por meio de ações racistas dos algoritmos. Diante disso, objetiva-se levantar questionamentos acerca do comportamento das novas tecnologias e saber até que ponto a Inteligência Artificial reforça atitudes racistas e em que nível os usuários avigoram e promovem este tipo de conteúdo em contraponto com os direitos humanos e da personalidade. Para responder tais questionamentos, utilizou-se o método de abordagem dedutivo de procedimento, por meio dos quais, foi possível verificar que há a presença dos chamados algoritmos racistas no mundo virtual bem como de usuários preconceituosos que tonificam o discurso hegemônico de uma etnia em detrimento da outra. O caso estudado trata-se de da interface do sistema de Segurança Publica dos Estados unidos que não reconhece pessoas negras, desfavorecendo-as e negando acesso ao interior de estabelecimentos, atribuindo-lhes caráter negativo. Sugere-se, então que o principal problema está na falta de diversidade racial e falta de consciência de diversidade étnica entre programadores e desenvolvedores dos sistemas de IA. Portanto, conclui-se que a virtualização de preconceitos e racismo decorrem da presença e manipulação de usuários preconceituosos, refletindo ações ainda presentes no mundo real.
Palavras-chave: Algoritmo. Virtualização. Racismo.