Karine Brondani Kontze
Rodrigo Cristiano Diehl
Marli Marlene Moraes da Costa
RESUMO
Em um mundo cada vez mais globalizado, as relações humanas são constituídas por redes, onde pessoas se conhecem de maneira transitória e têm maior facilidade em romper suas conexões e valores morais, por não ter a real compreensão do sentido de laços humanos e de comunidade, e o quanto esse processo fragiliza as afinidades e acaba suscitando conflitos sociais. Neste cenário, o presente estudo tem objetivo abordar a importância da comunidade local na efetivação de políticas públicas alternativas e comunitárias de pacificação de conflitos. São pontuados e discutidos os principais fatores que circundam o seu empoderamento, onde um dos desafios centrais é demonstrar que a ela, a comunidade, possui condições reais de (re)estabelecer o compartilhamento de responsabilidade com o Estado, através de um espaço democrático e igualitário. Cortejado esses aspectos, apresenta-se as novos métodos de pacificação de conflitos – a mediação comunitária e as práticas restaurativas – que correspondem a mecanismos aptos para (re)estabelecer a comunicação entre todos os atores, contribuindo para o resgate de vínculos de cooperação, confiança e fraternidade, uma vez que se apresentam como uma proposta de pacificar os conflitos, que são inerentes à convivência social, no local onde surgem. E a partir desse (re)estabelecimento fomentar o empoderamento social e a autonomia para pacificar seus próprios conflitos, servindo de mecanismo para emancipar o sujeito e assim, concretizar os direitos fundamentais. De tal modo, a temática se enquadra no eixo temático “novos direitos, internacionalização e multiculturalismo”, da 11ª Entrementes. Para tanto, utilizou-se o método hipotético dedutivo, baseado em levantamento bibliográfico.
Palavras-chave: Comunidade Local; Mediação comunitária; Práticas Restaurativas; (Re)estabelecimento.