Isabela Dall’Acqua
Isabel Cristina Martins da Silva

RESUMO: A vida em sociedade traz inúmeros desdobramentos, entretanto, o que não se pode negar é a existência de conflitos das mais diversas ordens que acabam sendo judicializados, reforçando a cultura do litígio. Nesse sentido, com o intuito de “trocar as lentes” (ZEHR, 2008) e passar a enxergar cada indivíduo dentro de um processo, compreendendo suas necessidades, promove-se este resumo, para se analisar a ótica da mulher em casos do âmbito da violência doméstica, buscando o empoderamento feminino e a promoção de Práticas Restaurativas como promoção da resolução efetiva desses conflitos pela via até mesmo, judicializada. Com foco “em atender às necessidades, de modo a melhorar a situação das pessoas e dos relacionamentos em questão” (CARVALHO, 2021). Para tanto, a pesquisa centra-se na importância de ser promovido o diálogo, em um ambiente que não o tradicional, com a participação ativa da ofendida, buscando a solução dos conflitos (PALLAMOLLA, 2009), na sua essência, atendendo às necessidades dos envolvidos. Promovendo o fortalecimento da comunidade (rede) a fim de que os danos decorrentes do conflito/violência sejam reparados, mesmo que simbolicamente, promovendo o diálogo e empoderamento das vítimas. Além disso, devem ser sedimentadas as bases da JR, seus valores, princípios e ferramentas, incentivando que se tenha menos violências e mais acolhimento nas conexões sociais, promovendo espaços de acolhimento e cooperação (CARVALHO, 2021), buscando com isso o fortalecimento de vínculos e a colocação dos indivíduos em seus locais ativos de fala. A linha de pesquisa adotada foi Constitucionalismo e Concretização de Direitos, usando método qualitativo.

Palavras-chave: Justiça Restaurativa. Violência. Empoderamento.