Camila Giulian Brito
Antonella Mazzine Pichinin
Candisse Schirmer
Resumo: O ensino universitário brasileiro, tradicionalmente, aplica a reprodução da teoria como processo de aprendizagem e resulta na distância das ciências do conhecimento com a realidade social (COSTA, 2007, p. 11-22). A partir de tal elucidação, o presente trabalho traz uma reflexão sobre o ensino jurídico de maneira geral e, por conseguinte, sobre a extensão universitária de maneira específica, utilizando-se o referencial teórico de Alexandre Bernardino Costa, Boaventura de Sousa Santos, Paulo Freire e Sílvio Paulo Botomé. Para tal intento, vislumbra-se a importância das grades curriculares e conteúdos programáticos para a (trans)formação dos discentes dos Cursos de Direito. Na FADISMA, dentre as mais de quarenta disciplinas optativas, há uma nominada Direito e Teatro cujo desígnio aborda práticas didáticas para o desenvolvimento de habilidades e competências, trazendo como características a desinibição, a oratória, a expressão corporal. As atividades aplicadas na mencionada disciplina abordaram a desinibição como elemento expressivo na comunicação e a reflexão da oralidade como uma prática jurídica deveras negligenciada por grande parcela da coletividade acadêmica. A partir do desenvolvimento da desinibição e oratória adquiridas na disciplina de Direito e Teatro, como prática de extensão universitária, permitem uma simbiose entre os alunos do Direito e a comunidade para atingir a sua essência no ramo do conhecimento: a ciência humana. O trabalho em apreço vincula-se à Linha de Pesquisa “Multiculturalismo e Transnacionalização do Direito” da FADISMA, com área de concentração em Cidadania, Políticas Públicas e Diálogo entre Culturas Jurídicas.
Palavras-chave: Desinibição. Direito. Extensão Universitária. Oratória. Teatro.